Alentejo

Tradições alentejanas: a alma da região pela sua história e paisagem

O Alentejo exibe o seu legado histórico numa cultura rica de sabores e tradições alentejanas que são hoje património da humanidade.
jarros de barro a representar as tradições alentejanas

As tradições alentejanas contam a história das gentes do Alentejo, da sua paisagem e do seu modo de vida. Uma história feita da gastronomia, do artesanato e da música que durante séculos acompanharam e amenizaram os longos dias de trabalho árduo das gentes locais, numa singularidade que já foi classificada pela UNESCO como Património Mundial da Humanidade. 

Nesta região do centro-sul de Portugal, guardiã de algumas das construções medievais mais impressionantes do país, as cidades de Évora e Elvas, fazem as honras deste património classificado. 

Évora, a cidade-museu, deslumbra pelo centro histórico. Nesta cidade é possível apreciar arquitetura e os vestígios históricos com mais de 2 000 anos que testemunham as influências romanas, visigóticas e árabes. 

Já Elvas, a cidade fronteiriça, impressiona quem lá chega e se depara com um dos maiores conjuntos de fortificações abaluartadas do mundo, reveladores das relações atribuladas de Portugal com os seus vizinhos.

Na paisagem alentejana, inúmeros pontos de interesse se atropelam, ondulantes nas vastas planícies e crescendo pelas escarpas das serras. Uma paisagem moldada pelo homem, que pincelou a natureza com as suas casas caiadas de branco e polidas de tons amarelo e azul vivo. 

Alqueva, Monsaraz, Marvão, Castelo de Vide, Vila Viçosa, Beja, Mértola e tantas outras cidades e vilas, são prova desta comunhão entre homem e natureza. Aqui, as tradições alentejanas convivem lado a lado com ecossistemas únicos, onde podemos encontrar algumas das mais belas praias, rios e estuários da Europa, hoje protegidos por diversos parques e reservas naturais que integram a Rede Natura 2000.

Os sabores e os aromas de uma gastronomia única

É no Alentejo que encontramos alguns dos melhores vinhos do país, capazes de enriquecer inúmeros pratos típicos onde o paladar se identifica com as influências árabes e romanas deixadas pelos povos que habitaram a região. Dos doces à saborosa carne de porco preto que reflete a pecuária tradicional do montado, os sabores do Alentejo surpreendem e ficam na memória.

Os vinhos, que sempre marcaram presença nesta região, ainda que a história da viticultura tenha sido diversas vezes interrompida, são hoje um dos grandes impulsionadores do turismo local. Em especial destaque surge a região de Denominação de Origem Alentejana da Vidigueira que foi capaz de transformar os verões quentes e secos da planície em vinhos intensos e cheios de personalidade.   

As ruínas locais da Villa Romana de S. Cucufate revelam as provas da vocação vinícola intemporal do concelho. A tradição da produção do “vinho de talha”, com mais de 3 mil anos,  aguarda a nomeação para Património Cultural Imaterial da Humanidade.

Os projetos de enoturismo da região, cresceram nos últimos anos. Adegas e quintas, como a Quinta do Paral, abrem portas para mostrar os seus tesouros vinícolas. Além disso, oferecem à fruição de quem os visita, numa variedade de vinhos brancos, tintos e rosé que ficam na memória. 

Nesta Quinta, é ainda possível experimentar outro dos grandes sabores do Alentejo: o azeite. Proveniente de oliveiras centenárias, o azeite extra virgem da Quinta do Paral é um verdadeiro achado gourmet. Além disso, é exemplo de práticas de produção tradicionais aliadas às melhores práticas de sustentabilidade contemporâneas.

O artesanato dos têxteis, da cerâmica e do ferro

Os Tapetes de Arraiolos, de manufatura manual, exibem a exuberância e o exotismo da tradição da tapeçaria moura. Os artesãos alentejanos aperfeiçoaram e transmitiram até aos dias de hoje. Estes tapetes de grande qualidade atingem elevados preços, e têm fama mundial. 

Outra das pérolas das tradições alentejanas é a olaria Pedrada de Nisa que desenha sobre o barro fresco linhas sinuosas de pequenas pedras brancas. Os motivos são de extrema simplicidade, mas produzem efeitos de grande beleza que não deixam ninguém indiferente. 

A cerâmica é também uma das artes das gentes do Alentejo. Viana do Alentejo, Redondo ou São Pedro do Corval fazem parte de um dos maiores centro cerâmicos da Península Ibérica. Mais ainda, não podemos esquecer a produção de Figuras em Barro de Estremoz que se inscreveu na Lista Representativa do Património Cultural Imaterial da Humanidade da UNESCO. Mais de 100 figuras distintas já foram referenciadas nesta arte que recorre a técnicas com mais de 300 anos para representar o quotidiano do povo alentejano.

Outra das tradições alentejanas admirada no mundo é o fabrico dos Chocalhos que no passado atribuíram um som inconfundível à paisagem alentejana. Com o progressivo abandono da pastorícia, o seu uso foi desaparecendo. No entanto, ficou o Museu do Chocalho de Alcáçovas. Aqui é possível apreciar mais de 2 mil peças recolhidas na freguesia por mais de 60 anos. Alguns artesãos ainda hoje mantêm viva a sua produção.

Tradições alentejanas: cantares, vestes e festas

O famoso Cante alentejano representa as vozes que no passado cantavam os longos dias dos trabalhadores rurais e dos mineiros. Hoje são cantados nas romarias e nas festas do povo, nas associações e nas tabernas. Cantado sem recurso a qualquer instrumento, este coral único do Alentejo, considerado Património Imaterial Cultural da Humanidade, canta as histórias de melancolia, amor e saudade das suas gentes. Canta também a sua luta pelos direitos dos trabalhadores na região, como demonstra a sua canção mais icónica de sempre, a Grândola Vila Morena. 

As tradições alentejanas também são tradições de festas e se há festas que encantam os olhos de todos são as festas do Povo de Campo Maior. Também estas festas são classificadas como Património Cultural Imaterial da Humanidade. Aqui, a cor é rainha e é trabalhada pelas mãos dos moradores e das milhares de flores de papel por eles criadas para decorar as ruas desta vila raiana. Atrai visitantes de todo o mundo que se maravilharam com os jogos de luz e de sombra desta paleta colorida de singular beleza.

Para os dias de intenso frio que invadem o Alentejo no inverno, há uma tradição alentejana que é sempre bem vinda: o Capote. É um casaco comprido e com pelo na gola, usado tradicionalmente pelos pastores. Ainda hoje se fabrica localmente de acordo com técnicas ancestrais e recorrendo a materiais autênticos da região.

Menos conhecida, mas a merecer uma última nota, temos a Viola Campaniça. Esta tradição era extremamente popular em Castro Verde e quase desapareceu no final do século passado. Recentemente, foi revitalizada para reafirmar o seu papel como oficial acompanhante do cantar ao desafio e dos passo de dança simples, não deixando cair na memória as típicas modas campaniças.

Quinta do Paral

08 Novembro 2022 - Portugal

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